terça-feira, 22 de abril de 2014

A Patrística e o Dom de Línguas



Santo Inácio de Antioquia advertia seus fiéis para que abstivessem das ervas nocivas que Jesus Cristo não cultivava porque não são da plantação do Pai. (S. Inácio, ad. Philadeph, 3). Infelizmente, muitos, tomando de alimentos estranhos e nocivos “pensam estar na Igreja, na realidade estão fora dela” (S. Agostinho), porque não guardam a fé, pervertendo a fé tornam-se inimigos de Cristo, porque “todos os que têm se afastado da unidade da Igreja, são inimigos de Cristo.” (S. Cipriano de Cartago, Carta LXIX, 1, Bayard II, 240) e estão mortos, pois “todos os que estão fora da Igreja pertencem aos mortos” (S.Cipriano deCartago, Carta LXXI, 1, Bayard II, 257).“Cada dia cresce o número dos fiéis, submetidos à escravidão das heresias.” (S. Basílio Magno, Carta 70, Courtonne, 1, 166).

Heresias que politizam o Evangelho, heresias que protestantizam o Evangelho. Celeiro de heresias (ensinadas pela RCC, Canção Nova, Teologia da Libertação, Padres liberais e modernistas, etc..], nosso país vai naufragando na fé, embora a fé católica permaneça sempre intacta e pura, sendo o prejuízo apenas daqueles que dela se afastam para a sua própria perdição.
“Os hereges entendem sempre de forma distorcida tudo o que a Igreja faz com retidão.” (S. Gregório Magno, Moralia in Job, Libro VI, 41). [...] Não distorcem o ensino do Magistério? Não fazem a Igreja dizer o que ela não disse? Deste modo, enquanto dormem os pastores, perdem-se as ovelhas do Senhor. Os hereges “por astuta aparência de verdade, seduzem a mente dos inexperientes e escravizam-nos, falsificando as palavras de Cristo” (S. Ireneu de Lion, Adversus Haereses, I Livro, Prefácio). Estes são “inimigos da cruz de Cristo, porque armam ciladas com todas as nossas palavras e sílabas.” (S. Leão Magno, Epist 129, ad Proterium, c. 2: ML 54, 1076) para subtrair as ovelhas do rebanho e lançá-las no redil do demônio, “pai de todos os hereges” (Tertuliano).

Fazendo estragos no rebanho de Cristo, os hereges simulam piedade e tolerância ilimitada. Amigo de todos e de tudo, são lobos a serviço do maligno. Pois como ensina S. João Damasceno, “aquele que não crê conforme a tradição da Igreja católica, coloca-se de acordo com o diabo.” (S. João Damasceno, Exposición de la Fe, IV, 10[83]), trocam a fé católica pela heresia, ficam de fora da comunhão e deixam de serem seguidores de Cristo: “pois uma pessoa, que não confessa a verdadeira fé, está, fora da comunhão dos santos.” (S. Basílio Magno, Carta 214,2, Courtonne 2, 203-204) “Não é seguidor de Cristo aquele que não é chamado cristão segundo a fé verdadeira e o ensinamento católico” (S. Agostinho, Sobre o Sermão do Senhor na montanha, I,V, 13)


Santo Antônio e o dom das línguas

“E todos estiveram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em diversas línguas, segundo o Espírito Santo lhe dava a falar”. Falavam todas as línguas; ou também falavam sua língua hebréia, e todos os entendiam, como se falassem na língua de cada um dos ouvintes.
(PÁDUA, Santo Antônio de. Sermones, Tomo I. Domingo de Pentecostes (I). Buenos Aires: El mensajero de san Antonio, 1995, p. 333.) “Sobre todas, memorável ficou a pregação, que o santo franciscano fez no dia da Ressurreição. Tinham afluído, como vimos, a Roma gentes das diversas regiões e nacionalidades da terra, como latinos, gregos, alemães, franceses, ingleses e de outras línguas. Pregou também Santo Antônio, segundo a vontade do sumo Pontífice, naquela grande solenidade; e este seu sermão foi um digno remate e coroa aos seus triunfos oratórios. Inflamado pelo Espírito Santo, anunciou a palavra de Deus de um modo tão eficaz, devoto e penetrante, e com tal suavidade, clareza e inteligência, que todos os presentes, apesar da diversidade das línguas, lhe entenderam as palavras, tão clara e distintamente, como se houvesse pregado na língua de cada um” (MARTINS (S.J), Manuel Narciso. Vida de Santo Antônio. Bahia: Duas Américas, 1932, p. 74
São Francisco Solano e o dom das línguas

“São Francisco Solano, cuja festa comemoramos no dia 14, santo genuinamente franciscano, aprendeu milagrosamente em 15 dias o dialeto de uma tribo indígena. Adquiriu também o dom das línguas, falando em castelhano a índios de tribos diferentes, sendo entendido como se estivesse expressando-se no dialeto de cada um. Uma vez, por exemplo, estando em San Miguel del Estero durante as cerimônias da Quinta-Feira Santa, veio uma terrível notícia: milhares de índios de diversas tribos, armados para a guerra, avançavam para atacar a cidade. A balbúrdia foi geral. Só Frei Francisco, calmo, saiu ao encontro dos selvagens. Estes, que o respeitavam, pararam para o ouvir. E cada um o entendeu em sua própria língua. Ficaram tão emocionados, que um número enorme deles pediu o batismo. No dia seguinte, viu-se essa coisa portentosa: ao lado dos espanhóis, esses índios convertidos participavam da procissão da Sexta-feira Santa, flagelando-se por causa de seus pecados”.
(Cf. Fr. Justo Pérez de Urbel, O.S.B., Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo III, p. 184; Les Petits Bollandistes, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo IX, pp. 8 e ss; Enriqueta Vila, Santos de America, coleção Panoramas de la Historia Universal, Ediciones Moreton, S.A., Bilbao, 1968, pp. 93 e ss. )
São Francisco Xavier e o dom das línguas

O livro Milagros y prodígios de San Francisco Javier, que foi escrito pela historiadora de arte Maria Gabriela Torres Olleta, constitui o sexto e, de momento, último volume da colecção “Biblioteca Javeriana” publicada desde 2004 pela Cátedra San Francisco Javier, Universidade de Navarra, como preparação para o ano jubilar de2006.O livro conta que quando São Francisco Xavier falava em sua língua própria, no Oriente, cada um que o ouvia o entendia em sua língua materna. O dom das línguas (pp. 45-47), cuja enorme importância se justifica pela atividade missionária de Xavier entre muitos povos e muitas nações diferentes, foi outro aspecto muito fomentado pela hagiografia de S. Francisco Xavier, tendo sido, por isso, igualmente incluído na bula de canonização. (OLLETA, Maria Gabriela Torres. Milagros y prodígios deSan Francisco Javier. Biblioteca Javeriana, 2006, p. 45-47) “


MONTANISMO (FINAL DO SÉCULO II)


O herege Montanus iniciou inocentemente sua carreira pregando um retorno à penitência e ao fervor. Todavia, alegava que seus ensinamentos estavam acima dos ensinamentos da Igreja porque ele era diretamente inspirado pelo Espírito Santo. Logo, logo ele começou a ensinar sobre uma eminente volta de Cristo em sua cidade natal na Frígia. Seu movimento enfatizava, sobretudo, a continuidade dos dons extraordinários, como falar em línguas e profecias.



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